domingo, 7 de abril de 2013

Banda Santa Cecília é destaque nas páginas do Jornal Pioneiro

Os leitores que tiveram a oportunidade de ler o Jornal Pioneiro deste final de semana puderam fazer a leitura de um belo texto sobre os 100 anos da Banda Santa Cecília. 

Natural de Nova Pádua, Jayme Paviani conhece a importância da Banda Santa Cecília e prestes a completar o seu centenário de fundação fez uma homenagem no Caderno Almanaque do jornal diário de Caxias do Sul. 

Banda Santa Cecília 
A simpática cidade de Nova Pádua, situada entre vales e montanhas da Serra, inicia no próximo dia 12 as homenagens aos 100 anos da banda Santa Cecília. A dedicação, a simplicidade e a permanência desse grupo no tempo, o mais antigo do Rio Grande do Sul, é um marco social e histórico. Seus 20 músicos, sob a regência de Lino José Pecatti, prolongam os sonhos de imigrantes italianos que a criaram, nos adiantados anos 1913, e testemunham o poder do esforço coletivo, da religiosidade e do sentido das comemorações públicas. 

Foto: Divulgação
Guardo dentro de mim uma silenciosa e permanente admiração pela banda Santa Cecília. Até onde chegam as minhas recordações, vejo-a e a ouço tocar em dias de festas civis e religiosas, nas comemorações de eventos significativos, com seus ritmos invariavelmente alegres ou repletos de alguma angústia positiva. Seu significado cultural estende-se nos 100 anos de existência. Só pessoas abnegadas e de espírito coletivo, fiéis ao espírito de seus antepassados, podem constituir e conduzir, além das dificuldades naturais de cada época, uma obra tão presente e tão constante. Como um fogo sagrado transportado de mão em mão, essa banda brilha ao sol nos reflexos de seus instrumentos e emociona com suas melodias. 

A banda Santa Cecília é notável por sua simplicidade e pelo significado de sua duração. A unidade de seus sons nasce da harmonia de múltiplos instrumentos, da sucessão de cabelos brancos por rostos jovens, sempre voltados para o benefício comum. Ela é complemento dos ritos sagrados e das cerimônias profanas. É antiga e sempre jovem. Ela ilumina as festas. Hoje é 100 vezes motivo de aplauso. Ela é o transbordamento de colaboração e de ensaios coroados de felizes apresentações. As gerações a ouvem e a aplaudem, e ela permanece tocando além de nossos passos cotidianos.

É hora de contar a história da banda Santa Cecília, de revelar os motivos de sua durabilidade, as biografias de seus músicos, de agradecer-lhe o empenho individual, o espírito empreendedor de seus líderes, a gratuidade de sua dedicação. Muitos grupos musicais duraram alguns meses, alguns anos e desapareceram no esquecimento.

Foto/Montagem: Maicon Pan  
A banda de Nova Pádua, consagrada à protetora dos músicos, Santa Cecília, tornou-se uma marca, um marco cultural, uma espécie de monumento vivo de um povo. O maestro e os músicos refletem a ordem social, a busca de identidade nas diferenças de cada um. A música, singela, festiva e quase inocente, comemora a alegria do nascimento, a graça da vida e o adeus da morte. 

Quase sempre em círculo, os músicos, com simplicidade, oferecem ao público ritmos e melodias que despertam alegrias e sofrimentos, conforme a ocasião, festiva ou de sepultamento de alguém. A banda Santa Cecília é marcadamente comunitária. Formada por diversos instrumentos, transforma-se num conjunto, numa unidade. Como a própria música, apesar de feita de partes, é uma única peça, um exemplo de união e congraçamento. (Jayme Paviani) 

As pessoas que não tem acesso ao jornal, podem ler a matéria acessando o link abaixo: http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/impressa/11,4096153,1232,21718,impressa.html

Por: Maicon Pan

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