segunda-feira, 15 de junho de 2015

Banda anima a festa do padroeiro Santo Antônio

Neste domingo, 14 de junho, a Banda Santa Cecília animou a festa em honra ao padroeiro Santo Antônio na cidade de Nova Pádua. 

A Banda tocou durante a procissão de entrada com a imagem de Santo Antônio conduzida pelos casais de namorados, o Pe. Mário Pasqual, os festeiros e os ministros da Eucaristia. Durante a consagração os músicos também entoaram um andante.

A Banda Santa Cecília, que participou do Projeto “Cent’Anni di Música” na Itália, teve a oportunidade de conhecer a Basílica de Santo Antônio na cidade de Pádova, onde esta enterrado o corpo do Santo. 

Foto: Maicon Pan
No salão paroquial de Nova Pádua, a banda animou o almoço festivo que reuniu certa de 1200 pessoas. No palco, a entidade que completou 102 anos de fundação em abril, tocou músicas italianas e gaúchas com a participação do comunicador Valdir Anzolin.
Durante a tarde, o Grupo Fervo de Gaita, de Nova Roma do Sul, animou a tarde festiva no salão paroquial de Nova Pádua. 

História de Santo Antônio 
No dia 13 junho, a Igreja Católica celebra o dia de Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares, venerado não somente em Pádua, onde foi construída uma basílica que acolhe os restos mortais dele, mas no mundo inteiro. São estimadas pelos fiéis as imagens e estátuas que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus nos braços, que lembram uma aparição milagrosa mencionada por algumas fontes literárias.

Santo Antônio nasceu em Lisboa, em uma família nobre, por volta de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando. Começou a fazer parte dos cônegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiramente no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois no da Santa Cruz, em Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que o fez frutificar nas atividades de ensino e na pregação.

Foto: Maicon Pan
Em Coimbra, aconteceu um fato que mudou sua vida: em 1220, foram expostas as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos que haviam se dirigido a Marrocos, onde encontraram o martírio. Esse acontecimento fez nascer no jovem Fernando o desejo de imitá-los e de avançar no caminho da perfeição cristã: então, pediu para deixar os cônegos agostinianos e converter-se em frade menor. A petição foi acolhida e, tomando o nome de Antônio, também ele partiu para Marrocos. Mas a Providência divina dispôs outra coisa. 

Devido a uma doença, Santo Antônio se viu obrigado a voltar à Itália e, em 1221, encontrou São Francisco. Depois disso, viveu por algum tempo totalmente escondido em um convento perto de Forlì, no norte da Itália. Convidado, casualmente, a pregar por ocasião de uma ordenação sacerdotal, Antônio mostrou estar dotado de tal ciência e eloquência, que os superiores o destinaram à pregação. Começou, assim, na Itália e na França, uma atividade apostólica que levou muitas pessoas que haviam se separado da Igreja a retomarem sua participação e engajamento na vida eclesial. 

Nomeado como superior provincial dos Frades Menores da Itália Setentrional, Antônio continuou com o ministério da pregação, alternando-o com as tarefas de governo. Concluído o mandato de provincial, retirou-se para perto de Pádua, local em que já havia estado outras vezes. Depois de apenas um ano, morreu nas portas da cidade, no dia 13 de junho de 1231. Pádua, que o havia acolhido com afeto e veneração em vida, prestou-lhe sempre honra e devoção.

Foto: Maicon Pan
Nas suas pregações, Santo Antônio discorre sobre a oração como uma relação de amor, que conduz o homem a conversar com o Senhor, criando uma alegria que envolve a alma em oração. Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide com o afastamento do barulho externo, mas é experiência interior, que procura evitar as distrações provocadas pelas preocupações da alma. Para Santo Antônio, a oração se compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim, definem-se como: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio. Poderíamos traduzi-las assim: abrir com confiança o próprio coração a Deus, conversar afetuosamente com Ele, apresentar-lhe as próprias necessidades, louvá-lo e agradecer-lhe. 

Santo casamenteiro 
Assim é invocado pelas pessoas que desejam se casar e lembrado pelo nosso folclore. Não se sabe qual a origem dessa devoção. Talvez esteja ligada a algum milagre feito pelo santo em favor das mulheres, por exemplo, quando fez um recém-nascido falar para defender a mãe acusada injustamente de infidelidade pelo pai. 

Mas há outro episódio com explicação mais direta. Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Mas a jovem, bonita e decidida, não aceitou de forma alguma. Como a mãe não parava de insistir, a moça resolveu recorrer à ajuda de Santo Antônio. Rezava com grande confiança e muitas lágrimas diante da imagem quando, das mãos do Santo, caiu um bilhete que foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e dizia: "Senhor N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. Deus o guarde! Assinado: Antônio".


A jovem não duvidou e correu com o bilhete na mão à loja do comerciante. Este achou graça. Mas, vendo a atitude modesta e digna da moça, colocou o bilhete num dos pratos da balança e no outro deixou cair uma moedinha de prata. O bilhete pesava mais! Intrigado e sem entender o que se passava, o comerciante foi colocando mais uma moeda e outras mais, só conseguindo equilibrar os pratos da balança quando as moedas chegaram a somar 400 escudos. O episódio tornou-se logo conhecido e a moça começou a ser procurada por bons rapazes propondo-lhe casamento, o que não tardou a acontecer, e o casamento foi muito feliz. Daí por diante, as moças começaram a recorrer a Santo Antônio sempre que se tratava de casamento. 

Santo das coisas perdidas 
Esta tradição é antiquíssima, encontrando-se menção dela no famoso responsório "Si quaeris miracula", extraído do ofício rimado de Juliano de Espira. Popularmente, o "Siquaeris" é mencionado como uma oração para encontrar objetos perdidos. A crença pode estar ligada a episódios da vida de Santo Antônio como este: Quando ensinava teologia aos frades em Montpeilier, na França, um noviço fugiu da Ordem levando consigo o Saltério de Frei Antônio, com preciosas anotações pessoais que utilizava nas suas lições.

Antônio rezou pedindo a Deus para dar jeito de reaver o livro e foi atendido deste modo: enquanto o fugitivo ia passando por uma ponte, foi subitamente tomado pelo pavor, parecendo-lhe ver o demônio na sua frente que o intimava: "Ou você devolve o Saltério ao Frei Antônio ou vou jogá-lo da ponte para o rio!" Assustado e arrependido, o jovem voltou ao convento com o saltério e confessou ao santo a culpa.

Foto: Zita Bisinella
O "pão dos pobres" 
Essa prática consiste em doações para prover de pão os pobres, honrando assim o "protetor dos pobres" que é Santo Antônio. Uma tradição liga essa obra ao episódio de uma mãe cujo filho se afogou dentro de um tanque, mas recuperou a vida graças a Santo Antônio. A mulher prometera que, se o filho recuperasse a vida, daria uma porção de trigo igual ao peso do menino. Por isso, no começo, esta obra foi conhecida como a obra do "pondus pueri" (peso do menino).

Outra tradição relaciona a obra do pão dos pobres com uma senhora de Tbulon, chamada Luísa Bouffier. A porta do seu armazém tinha enguiçado de tal modo que não havia outro remédio senão arrombar a porta. Fez, então, uma promessa ao santo: se conseguisse abrir a porta sem arrombá-la, doaria aos pobres uma quantia de pães. E deu certo. Daí por diante, as petições ao santo foram se multiplicando em diferentes necessidades. Toda vez que alguém era atendido, oferecia certa quantia de dinheiro para o pão dos pobres. A pequena mercearia de Luísa Bouffier tornou-se uma espécie de oratório ou centro social. A benéfica obra do "pão dos pobres" teve extraordinário desenvolvimento, com diferentes modalidades, e hoje é conhecida em toda parte. 

Por: Maicon Pan

terça-feira, 2 de junho de 2015

Banda entrega Títulos de Sócios Beneméritos

Na noite de sexta-feira, dia 29 de maio, a Banda Santa Cecília realizou uma janta de confraternização com o objetivo de fazer uma apresentação sobre a viagem à Itália onde o grupo participou do Projeto “Cent’Anni di Música”. 

Foto: Érica Panizzon Baroni
Após o jantar, foram apresentados slides com fotos das apresentações realizadas na região do Vêneto e dos lugares visitados na Itália. Concluída essa apresentação o Presidente da Banda Gilmar Marin cumprimentou o Prefeito Municipal Itamar Bernardi, o reverendo Pe. Mário Pasqual, músicos da banda e familiares que se faziam presentes. “Quero reafirmar a todos a importância da viagem para a Banda Santa Cecília como entidade e para cada membro particularmente, onde conhecemos o país de onde vieram nossos antepassados”, finalizou Marin. 

O vice-presidente Nestor Pecatti agradeceu o Poder Público, na pessoa do Prefeito Municipal pelo auxílio financeiro para que a Banda realizasse esse projeto de se apresentar no exterior. Bernardi recebeu a placa das mãos do Presidente da Banda Gilmar Marin como forma de agradecimento e ter se apresentado no palco tocando junto com os músicos da Banda. “O Poder Executivo fez o mínimo perto do que a entidade merece. Agradeço a oportunidade de ter participado do Projeto “Cent’Anni di Música” junto com a Banda Santa Cecília”, resumiu Itamar.

Foto: Maicon Pan
Foto: Maicon Pan














O reverendo Pe. Mário Pasqual recebeu um quadro de lembrança das mãos do Maestro Lino Pecatti pela gratidão por ter acompanhado a Banda Santa Cecilia na viagem à Itália e pela importância que a Igreja tem para essa entidade.

Em reunião realizada uma semana após a chegada da Itàlia, a diretoria e os músicos se reuniram e decidiram conceder o Título de Sócio Benemérito ao Sr. Alvírio Tonet, Sra. Nair Panizzon Baroni e Sr. Maicon Pan. 

Foto: Alvírio Tonet
Foto: Maicon Pan





















De acordo com o Estatuto da Banda Santa Cecília, o Título de Sócio Benemérito é concedido a pessoas que prestam serviço ou desempenham favores e atividades em favor da entidade. Ainda segundo o Estatuto, os três novos sócios da Banda poderão participar de reuniões, das votações, aprovação de atas, bem como fazer parte da diretoria da entidade. 

Alvírio Tonet recebeu a placa das mãos músico Jucimar Salvador, responsável pelo setor financeiro da Banda. O jornalista Maicon Pan recebeu a placa de Sócio Benemérito das mãos do músico e Secretário da Banda Joel Panizzon. O Maestro Lino Pecatti e o vice-presidente Nestor Pecatti fizeram a entrega da placa à Sra. Nair Panizzon Baroni. 

Foto: Maicon Pan
Para o Presidente do COMVERS, Comitato Vêneto do Rio Grande do Sul, Alvírio Tonet, a Banda merece o reconhecimento prestado através dessa viagem. “É um orgulho fazer parte dessa família como Sócio Benemérito”, frisou Tonet, responsável pela organização e planejamento da viagem junto à Associação Bellunesi Nel Mondo e o Governo do Vêneto. 

O jovem Maicon Pan recordou das histórias contadas pelo avô Faustino que fez parte da Banda durante 65 anos. “Não tenho o dom de tocar nenhum instrumento musical faço a minha parte divulgando o trabalho e a história da Banda Santa Cecília que já mora no meu coração, finalizou Pan, que cuida do blog e da FanPage da Banda.

Foto: Érica Panizzon Baroni
Por fim, o Maestro Lino Pecatti e o vice-presidente Nestor Pecatti fizeram a entrega da placa a Sra. Nair Panizzon Baroni pela dedicação e comprometimento demonstrado em favor da entidade. “A Banda Santa Cecília é o maior patrimônio cultural de Nova Pádua e representa a cada um de nós, descendentes de imigrantes italianos, por manter os costumes e as tradições até os dias de hoje”, afirma Nair, dizendo que sempre fará o possível para ajudar a Banda, e se sente honrada com o título.

A partir do dia 29 de maio a Banda conta com mais três sócios beneméritos, dispostos a trabalhar pela entidade que emociona as pessoas por onde se apresenta, por sua trajetória, respeito pelas tradições e respeito à sua própria história e à história de sua gente

Por: Maicon Pan

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Banda anima festa de Santa Rita de Cássia, em Caxias do Sul

Ontem, dia 31 de maio, a Banda Santa Cecília de Nova Pádua animou a festa em honra a Santa Rita de Cássia, na Igreja de São Francisco de Assis, na comunidade Vitor Emanuel, em Caxias do Sul. 

Na parte da manhã, a Banda animou a missa festiva e participou da procissão com a imagem de Santa Rita de Cássia. Ao meio dia, os músicos tocaram algumas músicas para animar o almoço na comunidade de São Francisco de Assis que contou com a presença de um bom número de devotos.

Foto: Jucimar Salvador
História de Santa Rita de Cássia 
Rita nasceu no ano 1381 em Roccaporena, perto de Cássia, região da Umbria, Itália. Seus pais eram crentes e a situação econômica não era das melhores, mas decorosa e tranquila. 

Rita desejava ser monja ainda aos 13 anos, mas os pais, já idosos, a prometeram em casamento a Paulo Ferdinando Mancini, um homem conhecido pelo seu caráter brutal. Santa Rita não opôs resistência e se casou com o jovem oficial. 

Foto: Jucimar Salvador
Durante os 18 anos em que esteve casada, tudo fez para que a paz e a harmonia fossem mantidas. E à custa de muita oração conseguiu abrandar o temperamento do marido. Um dia, entretanto, Paulo Ferdinando foi assassinado e jogado à beira de uma estrada. Os dois filhos juraram vingar o pai. Impotente ante o ódio dos filhos, Rita pediu a Deus que os levasse antes que se manchassem de sangue. Seja lá por que desígnios de Deus, suas preces foram ouvidas e os filhos faleceram antes de completar um ano da morte do marido.

Abalada pela morte do marido e dos filhos, quis recolher-se ao convento das Agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Rezou fervorosamente aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino e conseguiu ingressar no convento.

Foto: Jucimar Salvador
Orando aos pés da cruz, Santa Rita de Cássia pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco das dores que ele sentiu na sua crucificação. Então, um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça e Santa Rita sentiu um pouco daquela dor terrível que Jesus passou. 

O espinho fez em Santa Rita uma grande ferida, de tal forma que ela tinha que ficar isolada de suas irmãs. Assim, ela fazia mais orações e jejuns para Deus. Santa Rita de Cássia ficou com a ferida por 15 anos. A chaga só foi curada quando Irmã Rita foi a Roma, no ano santo. Quando voltou ao mosteiro, porém, a ferida se abriu novamente.

No dia 22 de maio de 1457, o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita estava com 76 anos. Sua ferida cicatrizou-se e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, ao abraçar Santa Rita de Cássia em seu leito de morte, ficou curada.

Foto: Jucimar Salvador
No lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial que encantou a todos. Logo apareceu uma multidão para vê-la. Então, tiveram que levar seu corpo para a igreja e lá está até hoje, exalando suave perfume, que a todos impressiona. 

Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, em Roma, pelo Papa Urbano Vlll. Sua canonização foi no ano de 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão Xlll e sua festa foi é comemorada no dia 22 de maio de todo ano. 

Texto: Maicon Pan 
Fotos: Jucimar Salvador